quinta-feira, 28 de abril de 2011

Resenha Show Claustrofobia.

Texto:
(Cangaço e Desalma) Mirella Figueirêdo
(Warcursed e Claustrofobia) Hugo Veikon
Foto:
Dezza Ganny e Hugo Veikon

No dia 06 de novembro os paulistanos do Claustrofobia invadiram o Bomber Rock Bar, levando os bangers presentes ao delírio.
Sim, estivemos lá para conferir e sentir de perto a mesma emoção que cerca de 200 bangers sentiram naquele mesmo momento.

Tivemos, inicialmente, a apresentação dos pernambucanos do Cangaço(Vencedora do Wacken), tocando aproximadamente 40 minutos.
 Eles iniciaram o set com uma introdução que retrata bem a cena e a imagem pernambucana. Aliás, a banda em si possui características fortíssimas de origem pernambucana. O set contou com músicas como “Positivo”, “Corpus Alienum” e seguiram com “Logical Mistakes”, que, de início, achei que a bateria não estava bem microfonada pois a qualidade do som estava fraca naquele momento.


Deram continuidade com um cover do Chaosphere (“Side by Side”), a música própria “Device of Astral”, “The  Heaviest Matter Of Universe” (cover do Gojira) e encerraram com “Variabilis” em boa apresentação,
Vale destacar também que a boa presença de palco e o ótimo profissionalismo da banda do trio dão a impressão de que a banda é composta por mais de 4 integrantes. 
Merecidos os aplausos do público na noite.

O intercâmbio das bandas do nordeste tem sido um ótimo meio para alastrar essa cena. 
Desta vez o contato foi com a Warcursed de Campina Grande (PB). Embora relativamente nova, a banda tem um poderio em seu Death / Thrash (mais Thrash que Death).
Warcursed começou seu set list com duas músicas na sequência e sem intervalos (“Deadline” e “Last March”). A primeira com a levada do Death Metal e a segunda totalmente Thrash, daí o motivo da banda se rotular em ambos os estilos.
 Ambas as músicas tem muito conteúdo lírico, fazendo o vocalista cantar em quase todas as partes dos instrumentais.

O público, a princípio, ficou mais atento, porém com algumas levadas de cadências e carisma, a banda conquistou os bangers. Aproveitaram o momento e tocaram mais uma música de sua autoria.

A banda deu um pequeno intervalo. Quando alguns achavam que a banda iria esfriar, eles nos surpreendem e são os responsáveis pela primeira enorme e violenta roda da noite, com o cover da Exodus, “Deathamphetamine”, executada com total excelência.
A banda deu uma pausa enorme para poder afinar a guitarra.
 Após esse momento pode-se dizer que o público ficou mais atento a banda e não mais batia cabeça como no começo desta apresentação.


Para finalizar sua participação no evento eles tocaram mais duas faixas próprias. “Gates Of War” (faixa com maior trabalho de melodias por partes das guitarras) e “Spectral Whisper” (que não se afasta da proposta da banda em fazer um Death / Thrash). Ótima banda e bom desempenho. Mais uma banda paraibana para crescer nossa cena nordestina.


Após a apresentação do Warcursed entraram em cena os caóticos do Desalma que anteriormente arrasaram na noite do lançamento do cd “Terra Batida”. É mais que merecida a presença da banda em eventos em Pernambuco e em outros estados por ser uma banda que vem batalhando bastante em seus trabalhos com muita competência.


Iniciam com “Carcaça”, “Tortura” e “Vingança”, músicas que mostram bastante versatilidade, com ótimos riffs extraídos com muita originalidade. Seguiram o set sem muita conversa e executaram “Corisco”, com ótimos vocais agressivos, o que deixa a música mais consistente.


Ainda tocaram “Mais Um Templo”, “Corpo Seco” e “Desalmo”. Vale deixar claro que o som estava ótimo, com todos os instrumentos audíveis e sem qualquer tipo de interferência.
E não encerrou por ai, pois tivemos ainda “Em Chamas”, “Desprezível” e para fechar o set foi escolhida “Fragmentos”.


A banda Claustrofobia levou um tempo para ajustar a aparelhagem. Trek, técnico de som que acompanha a banda há quase 10 anos, teve um pouco de trabalho. Mas não demorou tanto. Com o público já quente, tanto pela temperatura interna no Bomber Rock Bar quanto pelas bandas anteriores, o Claustrofobia fez uma passagem de som que já instigava a galera. Então eles chamam o público e vêm com a faixa “Discharge”, tocada fielmente com todos os arranjos. Sem intervalo, os PHD’s em maloqueiragem mandam a música “Tiro de Meta”, mais uma do mais novo álbum, I See Red.



Não era de se estranhar a violenta roda que se iniciou, dentre muitas que estavam por vir. Marcus D’Angelo dá uma pausa para comentar sobre o que o espantava: ver todos aqueles insanos bangers se destruindo. Logicamente um público diferente do que os viu tocar no Abril pro Rock pois desta vez era um público específico.
Na sequência tocaram “Thrasher” e “Born to Fight”. 
O público insistia em pedir músicas, mas a banda tinha um set a cumprir. É quando eles mandam “Don’t Kill the Future”, do último lançamento (música esta que reflete sobre plantar e colher algo positivo ou negativo).

A banda toca uma surpresa para todos, “O Pino da Granada”, faixa que estará no álbum a ser lançado em 2011, o qual terá todas as músicas cantadas em português. Apesar de ser nova, a faixa arranca coro da multidão por ter um refrão pegajoso e repetitivo.
Durante “War Stomp” acredito que todos tiveram espasmos, pois é mais uma faixa sinônima de violência. Ninguém tinha mais onde se esconder pois a roda totalizava o Bomber Rock Bar. A banda se queixou do calor, mas seguiu adiante.
Mais uma vez o público pede uma música, desta vez querem “Filha da Puta”, porém eles vêm com um medley de “Paga Pau” e “Eu Quero é que se Foda
.




Interessante quando a banda foi dizer que já estava chegando ao fim e fez uma levada de samba rock. Neste momento pensei que muitos comentariam ou iriam criticar, mas nada se comentou a respeito. Então fica minha dúvida: Por que os elementos que o Cangaço usa em suas músicas são criticados pelos radicais e quando vem uma banda de fora eles se calam? São “Paga Pau?








Agora D’Angelo perguntou se todos estavam preparados. Indubitavelmente estava por vir uma destruição e foi exatamente o que aconteceu ao tocarem “Arise” (Sepultura). Finalizando seu set list, tocam mais uma própria para vir o que todos gostam de chamar (xingar): “Filha da Puta”, cover do Ultraje a Rigor. Assim eles encerram a apresentação e deixam o Bomber Rock Bar inteiro.


Evento como esse é pra ser lembrado para o resto de nossas vidas.



Nenhum comentário:

Postar um comentário