Fonte: www.arenametalpe.com.br
Direitos autorais:
Texto: Mirella Figueirêdo
Fotos: Mirella figueirêdo, Valterlir Mendes
O Festival Mundo foi um evento que aconteceu nos dias 13, 14 e 15 de novembro e nós fomos conferir de perto o evento que está firme e forte em sua 6º edição.
Desta vez tivemos a Usina Cultural Energiza localizada em João Pessoa na Paraíba como ponto de encontro dos bangers de diversos estados do Nordeste.
Achei o festival bem similar ao nosso Abril pro Rock, sendo que no A.P.R temos um dia específico para cada estilo, o que o diferencia bastante do Festival Mundo, que tem todos os estilos misturados em um mesmo dia. Seria a intenção do evento meio que proposital?
Tendo o intuito de produzir um evento que combinasse com o nome do festival?
Com a finalidade de reunir diferentes estilos para que um “mundo” tenha a oportunidade de conhecer o “mundo” do outro?
Bem, se é não sei! Mas afirmo que o festival tem som para todos os gostos, reunindo diversos estilos musicais.
Para mim o dia mais interessante foi o dia 13, pois contou com nossos conterrâneos do Desalma, os paraibanos do Madness Factory e a atração principal, o Violator.
Creio que não seja necessário aqui descrever os fatos dos dias 14 e 15, nem das outras bandas presentes no próprio dia 13. Não pensem ser preconceito de minha parte ou algo do tipo (Até porque cada um curte e ouve o que quer), mas trata-se do assunto que realmente nos interessa de fato, assunto este na qual destina os padrões deste site, destinado apenas ao nosso vivo metal!
O festival também contou com exposições, amostra audiovisuais, oficinas de arte, Stands para vendas de CD’s, camisetas e etc... Tudo muito bem organizado! Pois bem, vamos para o que realmente nos interessa!
Após um chá de tédio ouvindo sons alternativos e não vendo a hora das três últimas banda de peso se apresentarem eis que após um pequeno atraso é anunciada a Desalma. E a alegria foi-se feita!
O set muito bem elaborado também contou com músicas como “Corpo-seco” em que destaco a bateria destruidora, possuindo também a presença de bons riffs com bases poluídas e um vocal insano. “Desalmo”, rica das já conhecidas “paradinhas”, executada em bom som e com destaque também para o som do baixo que fez-se presente e os pedais duplos, com direito a um pequeno “coro” do público no refrão.
As duas últimas foram “Desprezível” e “Fragmento”. Todas as músicas do set foram executadas em intervalos curtos entre uma música e outra devido o atraso inicial já mencionado antes.
Outra banda que presenciamos (a qual eu só conhecia de nome, mas ouvia falar muito bem dela) foi a Madness Factory e pode ser resumida como “a banda causadora de prender toda minha atenção naquele momento”. Para quem não a conhece, é fã das bandas no estilo Bay Area 80’s e também fã de bandas como Slayer e Testament, ela é uma boa pedida, valendo muito apena conferi-la!
E as informações que recolhi sobre a mesma todas se tornaram verdadeiras.
A M.F está na luta há seis anos, executando um Thrashão de primeira e o evento também serviu para divulgação de seu Debut que também possui o nome da banda. Para os adoradores do estilo foi um prato cheio na noite!
Abrem o set já de cara com um instrumental que tem como título o nome da banda “The Madness Factory”. A banda seguiu com músicas tais como “Hangover”, “Guides Of Death” mais conhecida como “G.O.D”, levando os bangers ao delírio.
Tive a impressão de que executaram a mesma com o pensamento de destruir tudo e conseguiram!. Foi formada uma roda de tamanho mediano em que gostaria de dar destaque aos bangers presentes que realmente possuem espírito de respeito e sabem realmente dar moral e valor as bandas, principalmente para as bandas locais. Estão de PARABÉNS!
E não parou por aqui.
A banda mostrou a forte influência com o Testament, principalmente pelos vocais de Vannucci Oliveira. A banda também possui origens de Punk e Hardcore, o que torna o som mais veloz.
Tivemos também “I’m Renegade”, “Intoxicated” (com destaque para os riffs audaciosos, extraídos das poderosas guitarras do Diego Nobrega), ambas executadas em ótimo som (som este que não tive do que reclamar), boa equalização, guitarras audíveis, sem falar na afinação dos instrumentos. Para finalizar tocaram “Satanic Western”, com fortes solos e “First Music”, destruidora! Faltou tocar nesse set list apenas a faixa "Possessed".
Eis que a hora mais aguardada da noite pelos bangers se aproximava.
A última banda do dia 13 ficou por conta da volta do Violator ao Nordeste.
Ao entrarem em cena, o público, que até o presente momento encontrava-se espalhado, em questão de segundos (Isso, segundos. Impressionante!), aglomerou-se em frente ao palco numa agitação contagiante. Na passagem de som já dava para sentir o cheiro de pancadaria no ar e foi com a instrumental “Ordered To Thrash” que a destruição começou!
Na breve parada agradecem a presença de todos e Pedro Poney falou em nome da banda, dizendo estar saudoso de estarem tocando naquela noite. Arrancam o fôlego de todos com “UxFxT” (bastante elogiada pelo público) e “Deadly Sadistic Experiments”, que os bangers se fizeram!
Foi nela que Pedro Poney fez um pedido para os seguranças que se encontravame em frente ao palco se afastassem e não impedissem o público de saltarem e darem seus furiosos moshs (e sim, eles se retiraram!).
O público não esperava tal atitude, mas nem preciso dizer o que aconteceu depois não é? Até as mulheres presentes fizeram a festa!
O mosh naquela noite realmente foi para todos! Pedro ainda falou que aproveitassem pois a banda sentia prazer em ver os saltos do público, que aquele ato já fazia parte dos shows de metal e que era uma de suas diversões.
E com rodas, bastante moshs e muita agitação o set seguiu com “Toxic Death” e “Brainwash Possession”, uma verdadeira festa! Finalizadas com muito agradecimento ao público. Um momento “acidente” aconteceu em “Poisoned By Ignorance”, pois durante sua apresentação ocorreu algum problema no baixo e a música teve que seguir sem o som do mesmo.
Mas souberam se sair super bem e para compensar o “acidente”, Pedro Poney, numa atitude inesperada, saltou, dando um mosh (cena muito boa de se ver!) Tivemos também músicas de trabalhos mais antigos como “Thrash Maniax” e “Futurephobia”, músicas já bem conhecidas e executadas em ótimo som.
Estávamos quase no fim, infelizmente!
Parecia que o tempo não tinha passado e os bangers pareceram sentir esta sensação e tentaram aproveitar até a última música.
Foi aí que executaram “Atomic Nightmare”, festejada com muita roda e cantada pelos que se encontravam fora e dentro da mesma. Não acreditei que estavam executando as duas últimas canções. Parecia até que estava começando naquele momento devido a sintonia esplendida de público, agitação e banda. Executam “Destined To Die” e, por último, “The Plague Never Dies”, em que o público pediu incansavelmente “Mais um, Mais um, Mais um”. Infelizmente o pedido não foi atendido, mas de presente tivemos outro mosh do Poney, que chegou ao final do show em plenos braços do público.
O mesmo retornou ao palco mostrado a satisfação pelo sorriso em estar ali naquele momento. Agradeceram a estrutura e a grandeza do evento e ainda pousaram para as fotos, em um carisma que marca a banda.
E eu faço mesmo, pois eventos como este são dignos de elogios!
Parabenizo o evento pela organização, ao público presente (um show a parte), a ótima estrutura oferecida aos bangers (pelos diversos tipos de bebidas vendidas na noite com direito a escolha) e desejo que na próxima edição, o evento seja da mesma forma ou até melhor. Evento excelente! Parabéns!
Agradecemos também ao Mundo Coletivo e ao Fora do Eixo Produção, sem esquecer também das bandas Desalma, Madness Factory e Violator, pela ótima desenvoltura e profissionalismo.
Merecidos agradecimentos também ao Mathias (Desalma), pela força dada em relação a tudo, inclusive ao transporte cedido para minha pessoa.
Até a próxima!
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