Fonte: www.arenametalpe.com.br
Direitos autorais:
Texto: Mirella Figueirêdo
Texto: Mirella Figueirêdo
Fotos: Dezza Ganny e Willian Headbanger
No dia 22 de outubro, o Bomber Rock Bar foi palco de mais um grande evento underground Pernambucano. Desta vez fomos conferir o lançamento do CD “Terra Batida”, projeto aprovado pela Funcultura e que tem o apoio da FUNDARPE, Secretaria de Educação e Governo do Estado de Pernambuco.
Referente a questão “público”, pode-se dizer que, surpreendentemente, para uma sexta-feira chuvosa, o público compareceu mais que o esperado.
O evento que estava previsto para as 20:00 horas, só iniciou-se as 23:50. Mas já na passagem de som, me admirei com a alta qualidade dos aparelhos usados na noite.
A primeira banda a subir no palco foi a RABUJOS, seguindo assim a mesma ordem do cast apresentado na coletânea. A banda já é bastante experiente e isso é facilmente perceptível por sua ótima presença de palco em todos os momentos de sua apresentação. Executaram músicas como: ”Tanto Faz o Apocalipse”, “Sem Finais Felizes”, “Faca a Faca” e “Foice”. Depois, avisaram aos fãs presentes que em breve entrarão em estúdio para gravação do primeiro cd. Seguiram o show com “Pouco Antes do Fim”, “Batismo a Gasolina” (em que, infelizmente, nestas músicas não ouvi o som do baixo). Em seguida tocaram “Cadáver”, música feita no intuito de protesto pelas mortes no estado (segundo as estatísticas, Pernambuco é um dos estados com maior índice de assassinatos e homicídios no Brasil). Também tocaram “Beco”, “Motivo Fútil” e as duas músicas contidas na Coletânea “Terra Batida”, que foram “Exílio” e “Hiena” ambas com ótimo instrumental após a melhora no som do baixo. São duas músicas que não chegam a dois minutos de insanidade mas conseguem em menos que isso enlouquecer todos os ouvintes e encerrar sua apresentação com excelência. Outra banda foda, que veio na sequencia, foi a PROJECT 666. Digamos que organização seja o lema desses caras. Eles iniciaram com tudo com “Burned Nightmare”, em bom som e peso. Todo o instrumental mostrou-se audível (inclusive o som do baixo, que esteve ausente em alguns momentos na apresentação anterior). Seguiram o set com “Agonize In Pain”, “Just Another Spill Of Blood” e “Into The Grave”. Em determinado momento pude observar que foi estreado o plano de fundo oficial com o logotipo da banda, numa produção excelente Deram continuidade com “Red Rhapsody”, música executada em perfeito sincronismo entre os músicos, destacando nesta mesma apresentação os vocais destruidores do Colaço. Por fim tivemos a “Demoniac” e, para fechar, não poderia faltar as duas músicas presentes na coletânea: ”Walking by The Trails of Satan”, música instigadora para os presentes, tocada com bastante empolgação, destacando as certeiras palhetadas nas guitarras de Adriano e Renato e a “Buy Your Death”. A banda mereceu mais atitude vinda do público, pois o que foi tocado na noite faria a casa cair, Mas mesmo o público permanecendo atento e quieto, a Project 666 fez bonito! Após 40 minutos de show, eles se despediram do público e terminaram sua apresentação. Eis que é chegada a vez da DESALMA se apresentar. Eles sobem ao palco do jeito como gosto de citá-los: Caóticos e sempre dispostos a quebrar tudo! O set é iniciado logo de cara por “Corpo-Seco”, na qual vale destacar a guitarra com timbres cortantes, sujos, pesados e diretos. O set seguiu com “Desprezível” e “Fragmento” em que é facilmente notada a pura influência com o som do Pantera. Também executaram “Em Chamas”, outra música presente na coletânea, com perfeitos riffs e uma destruição na bateria, destruição essa extraída por Renato Correia. Executaram também “Desgraça”. Vale destacar neste comentário que hoje em dia o vocalista principal, Igor, tem e vem se garantindo bastante nas apresentações e ocupou bem a função que era de Felipe Vaz. Finalizaram o show com “Carcaça”, em ótimo instrumental, estando os mesmos perfeitamente audíveis. Uma das bandas Pernambucanas que esbanja profissionalismo e que aposto nela para um reconhecimento maior não só na cena metal de Pernambuco quanto na cena metal nacional é a UNSCARRED. A banda subiu ao palco executando um ótimo set list iniciado por “Seven Days Of Agony”, com uma perfeita introdução. Seguiram com “False Religions”, música contida na coletânea. Esta música já é destruidora e contando com a ajuda de Wagner do Decomposed God, a destruição se fez por completa. Mesmo estando resfriado, Wagner fez bonito mostrando que nem o resfriado o derruba! E tome pressão com as músicas “Power Zone”, destacando o ótimo vocal agressivo do Léo, “React” e “Folowing My Thoughts” (que faz parte da coletânea), em que o poderoso trio mostrou perfeito sincronismo, destacando-se os belos pedais duplos, as bases poluidoras da guitarra e as magníficas linhas do baixo. Finalizaram a bela apresentação com mais duas músicas para quebrar tudo: “Vortex” (executada também em bom som) e “Scars of the Past” (em que tivemos um pequeno problema nos pedais. Não era pra menos, pois as tentativas de destruição aos mesmos foram muitas!). A penúltima banda a se apresentar foi a ALKYMENIA, puta banda de Thrash de Caruaru, que está na luta desde 2003. Os alkymenicos iniciam com uma introdução e seguem com “Shame”, na qual achei os pedais um pouco abafados, em compensação o som do baixo estava perfeito. A música é rica na presença de riffs e solos e também possui vocais graves, agressivos com presença dos guturais e rasgados. Tivemos também “Sick Society”, que em diversos momentos deixa bem clara a capacidade técnica da banda. “Chaotic Religions”, música presente na coletânea, iniciada com bases pesadas que se estendem por toda a música, também possui riffs enlouquecedores que se repetem diversas vezes ao longo da mesma.
Eis que o lançamento da coletânea Terra Batida já estava perto do fim com a última banda a se apresentar, que foi a INSURRECTION DOWN. A maioria do público já tinha ido embora mas a apresentação iniciou-se com músicas como “Innocent People” e “Extermination”. Particularmente achei o som naquele momento muito, mas muito alto, chegando a incomodar, principalmente quando havia alguma microfonia. Bem estranho porque as interferências só surgiram no final do evento. E mesmo com o som altíssimo seguiram com “Entombment of Machine”, cover do Job For A Cowboy e “The End of Prophecy", música presente na coletânea, rica de vocais brutais e agressivos. Nesta música, a baqueta do Artur se quebrou e interrompeu-se a apresentação para achar uma baqueta reserva. Enquanto isso, André aproveitou para agradecer a presença dos que ficaram até o final. Não achando uma baqueta reserva, Wagner, que tocou com o Unscarred, cedeu as suas. Seguiram o set com mais uma música da coletânea, “Terror Experience” e finalizaram o show com um cover do Slayer, "Rainning Blood”, que foi um ótimo presente para os fãs da banda presentes no momento. Por fim, friso a excelência e a importância de um projeto como este, que engrandece o movimento e enriquece a cultura. Torcemos para que venham outros mais, tais como outros lançamentos da coletânea, que o governo parem de investir em bandas de 5a categoria e abra as portas para o Underground Pernambucano e Nordestino, abrindo assim também portas e espaços para que, em outras edições como esta, outras bandas mostrem seu trabalho. E é isso aí! Agradecemos a todos que compareceram, as bandas e a produção do evento (o Fora do Eixo Produções e a Lumo Coletivo)! Até a Próxima! |
Nenhum comentário:
Postar um comentário